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- Represarei
meus pensamentos,
- Para que em mim se reflitam
- As estrelas da
noite
- E as luzes da manhã...
- Deixarei de correr entre campos e
gargantas
- Para sentir a carícia do vento
- E refletir em minhas
águas
- Os píncaros nevados da montanha.
- Represarei meus
pensamentos
- Para fixar o vôo dos pássaros,
- A marcha das
nuvens,
- E o degelo das neves.
- Deixarei de correr por vales e
gargantas,
- Se, na tranqüilidade de minhas águas,
- Houver o
espelho nítido e profundo
- Onde se reflita o gesto de tuas mãos
- E
a graça do teu rosto.
- Então adormecerei no fundo de mim mesmo
- E
sobre meus olhos abertos para a eternidade,
- Os peixes vindos da
noite
- Com o reflexo das
escamas feitas de lua e sonho...
- Tecerão filigranas indecifráveis,
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