amei

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


CANTO DE PASSARINHO
Outro dia ouvi um passarinho cantando as primeiras notas do Hino Nacional.  O canto vinha de uma das varandas de um prédio. Só não sei que passarinho é, nem se o ensinaram a cantar o hino pátrio ou se o seu canto natural foi a inspiração do compositor. Sei apenas que ele cantava, mesmo preso. Cantava atrás das grades.
E isso trouxe-me à lembrança o lamento de Israel no cativeiro babilônico: “Aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções; e os que nos atormentavam, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião” (Sl 137:3).
O dono da gaiola faz o mesmo: mantém o pássaro cativo para que cante e alegre a sua casa.
Boa lição ensina esse passarinho. Dorme e acorda no cativeiro, mas continua cantando, enquanto os israelitas preferiram pendurar as harpas.
Continua cantando porque sua voz rompe as fronteiras da prisão. Canta porque pode enxergar o horizonte. E o horizonte, meus amigos, é muito maior que qualquer gaiola.



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